Arte
Por Nathália Tourais

Saiba o que esperar da 32ª Bienal de São Paulo

Jochen Volz apresentou os primeiros conceitos e sua equipe curatorial.

Coletiva de Imprensa realizada no Auditório do Ibirapuera com o curador Jochen Volz e Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal (Pedro Ivo Trasferetti )

Nesta quarta-feira, 4 de fevereiro, Jochen Volz, curador da 32ª Bienal de São Paulo, agendada para setembro de 2016, apresentou os primeiros conceitos de seu trabalho na concepção da mostra, além da equipe internacional escalada para atuar ao seu lado.

Junto às questões que norteia a produção artística atual, com visitas a ateliês de artistas, exposições e galerias, o curador falou sobre o conceito de “medidas da incerteza”, capaz de unir diferentes tópicos e preocupações da atualidade.

De acordo com Volz, a arte, diferentemente de outras disciplinas, aponta para a desordem no sistema, levando em conta a ambiguidade e a contradição. Trata-se, nesse caso, de contar o incontável ou mensurar o imensurável. Justamente por ser uma disciplina especulativa, a arte pode fornecer estratégias para a vida em uma era de incerteza.

A partir dessa primeira premissa, temas como Subjetividade, Fantasmas, Inteligência Coletiva, Sinergia, Ecologia e Medo estruturarão o desenvolvimento da proposta curatorial, procurando estabelecer um dialogo com grandes questões da atualidade: mudança climática, perda da diversidade, a extinção, igualdade social, diferenças culturais, exaustão do capitalismo e da governança tradicional de cima para baixo, e também os mitos, tradições, linguagem e modelos alternativos de educação.

Para assessorá-lo no processo de criação da mostra, Volz estruturou uma equipe de cocuradores de diferentes partes do mundo e com diferentes especialidades de pesquisa: Gabi Ngcobo (África do Sul), Júlia Rebouças (Brasil) e Lars Bang Larsen (Dinamarca).

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WORKSHOPS

Residências e Bolsas de Pesquisa no Brasil e no exterior possibilitarão que artistas convidados desenvolvam projetos específicos em contato estreito com correspondentes e especialistas associados de muitos campos. Uma série de programas e seminários públicos serão organizaos ao longo do ano de 2016 para apresentar e discutir tematicamente os aspectos chaves do projeto global, entre várias disciplinas e formas de arte. Parte dos trabalhos serão obras digitais, projetos que poderão ser vivenciados online por qualquer pessoa. A proximidade dos processos de produção resultará em uma exposição que permanecerá mais próxima dos sítios de criação e educação (o ateliê, a oficina).

Seguindo a iniciativa da última Bienal, a edição de 2016 também contará com um Workshop Curatorial, aberto a artistas, curadores, críticos e outros profissionais. A equipe da 32ª edição, em conjunto com especialistas nacionais e internacionais, desenvolverá o programa de estudos e realizará os encontros.

Por Nathália Tourais

Atualizado em 6 Fev 2015.