Foi no ano de 1956 que a palavra "Pop" foi usada pela primeira vez no âmbito das artes, estando presente num quadro exibido na Galeria Whitechapel, em Londres. A colagem, chamada "O que é que torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?" e feita por Richard Hamilton, estampava um grande pirulito vermelho à altura dos genitais de um fisiculturista semi nu.
O artista era membro de um movimento informal de críticos, arquitetos, pintores, escultores e escritores britânicos, conhecido como Grupo Independente, que discutia o interesse pela cultura de massa americana de propaganda e embalagens à música popular, revistas e histórias em quadrinhos.
Assim, o súbito florescimento da Pop Art como um fenômeno artístico aconteceu no começo da década de 1960, revelando nomes como David Hockney, Peter Blake, Patrick Caufield e Derek Boshier. Depois, Roy Lichtenstein e seus cartuns imensamente coloridos, como Whaam, e as reproduções em slikscreen de Andy Warhol, como a lata de sopa Campbell – que foram recebidos com incompreensão.
Ao mesmo tempo o escultor Claes Oldenburg, expunha imensas telas hiper-realistas e versões de objetos em espuma e borracha, como o hambúrguer gigante – também identificados como pop art.
Entretanto, a pop art nunca foi um movimento coerente. Cada artista tinha seu projeto e sua trajetória. Por isso, o Guia da Semana fala de dois dos mais famosos para você saber mais a respeito. Confira:
ANDY WAHROL - OBRA VINTE MARILYNS
Andy Wahrol começou a fazer pinturas da estrela de cinema Marilyn Monroe logo após sua morte. Usou fotos em preto e branco tiradas por Gene Korman a fim de criar um estêncil para a impressão de serigrafia, técnica que ele adotou para copiar imagens fotográficas para a tela.
Durante meses criou mais de 20 obras baseadas nas fotos e nomeou o trabalho como "efeito de linha de produção". A imagem repetida faz uma reflexão crítica sobre a suposta singularidade da obra de arte em um mundo de reprodução e comunicação de massa.
Wahrol dizia que gostava de trabalhar com serigrafia "porque obtém a mesma imagem sempre ligeiramente diferente" e que as variações acontecem pelo excesso de tinta ou quando a tela sai do lugar.
ROY LICHTENSTEIN - OBRA WHAAM!
Roy Lichtenstein baseou esta pintura num desenho do ilustrador Jerry Grandenetti. A obra é uma resposta ao movimento artístico que acontecia na época. O artista buscava ironizar a pomposidade de tal movimento com temas pictóricos baseado no que via como uma arte puramente comercial.
Queria também mostrar a futilidade da sociedade chamando a atenção para as histórias que glorificavam a guerra e a destruição com imagens enganosamente fantasiosas e personagens que se transformavam em herois por ações agressivas. O quadro consolidou Roy como um mestre da pop art.