Irresistível, provocante e até mesmo cansativa e dolorosa, a Op Art simboliza um mundo mutável e instável, que sempre se mantém em movimento e que nunca é o mesmo. Com obras geralmente abstratas, muitas delas utilizam apenas as cores preta e branca e quando são observados, dão a impressão de movimento, clarões ou vibração, ou, por vezes, parecem inchar ou deformar, criando, então, uma espécie de pós-imagem.
O movimento ganhou mais força no ano de 1965, quando o MoMa de Nova York apresentou uma exposição sobre abstração perceptiva e a partir disso tornou o estilo mais conhecido. Assim, o Guia da Semana lista 5 artistas que aderiram ao movimento e confundiram nosso olhar. Confira:
RILEY BRIDGET - REINO UNIDO
Considerada um dos maiores expoentes da Op Art, Bridget nunca estudou óptica. Para criar os efeitos de luz, movimento e espaço presentes em sua singularidade é necessária uma rigorosa precisão, mas para a artista, tudo era feito de forma intuitiva, sem empregar uma matemática complexa.
Assim, costumava fazer esboços semelhantes a pinturas técnicas, geralmente em papel quadriculado, pintando e usando pedaços de papel que depois utilizava em colagens e tiras pintadas.
VICTOR VASARELY - HUNGRIA
Pioneiro da Op Art, foi inicialmente influenciado por Kandinsky e Josef Albers e, depois, experimentou o uso de transparências e cores em projeções, produziu tapeçarias e publicou suas primeiras gravuras. Seus quadros combinam variações de círculos, quadrados e triângulos, por vezes com gradações de cores puras, para criar imagens abstratas e ondulantes.
JESÚS SOTO - VENEZUELA
Jesús estudou arte e, logo depois de formado, iniciou sua ligação com o abstracionismo geométrico e a arte cinética, associando-se a grandes nomes como Yaacov Agam, Victor Vasarely e outros.
Em sua visão, a repetição era uma forma de libertar-se dos conceitos formais da arte tradicional - figurativa - fazendo com que sua arte abstrata surgisse na transfiguração do movimento. Através das repetições ópticas, desenvolveu trabalhos em alto relevo, que lhe renderam o status de pintor e escultor.
JOSEF ALBERS - ALEMANHA
A obra de Josef Albers representa uma transição entre a arte europeia tradicional e a nova arte americana. Os pintores abstratos nomeados de hard-edge influenciariam a forma como Albers compôs os padrões e cores intensas, enquanto os artistas da Op Art e outros designados conceptuais para o seu interesse e estudo pela percepção. Um artista completo, é considerado designer, fotógrafo, tipógrafo e poeta, e reconhecido pelos seus trabalhos como pintor abstrato e teórico.
RICHARD ANUSZKIEWICZ - EUA
Richard foi um dos fundadores e principais expoentes da Op Art e aborda em suas obras as mudanças óticas que ocorrem quando diferentes cores de alta intensidade são aplicadas às mesmas configurações geométricas. A maior parte de seu trabalho compreende investigações visuais dos efeitos formais de estrutura e cor, e muitos deles possuem a forma de um quadrado - similar a de Josef Albers, que foi seu professor.