Não é preciso ir à Roma para compreender um ditado popular, nem conhecer a casa de Judas ou da mãe Joana. Algumas expressões comuns, repetidas diversas vezes, fixaram-se com o passar do tempo e assim permaneceram em nosso vocabulário. No entanto, justamente pela passagem do tempo, é que muitas delas foram adaptadas ou modificadas.
Há ditados para todos os gostos, culturas e sentidos. Existem os conformistas, como "Deus dá o frio conforme o cobertor"; os supersticiosos: "agosto, mês do desgosto"; alguns otimistas: "se a vida te dá um limão, faça com ele uma limonada" e os nominados: "na casa da mãe Joana", "onde Judas perdeu as botas" e "Maria vai com as outras".
A verdade é que muitas pessoas fazem dos ditados seus companheiros diários, mas poucos são àqueles que conhecem o real significado dessas expressões. Eles são tão comuns e conhecidos que, fazendo sentido ou não, são facilmente compreendidos.
Confira 8 ditados populares que falamos errado:
ERRADO: "batatinha quando nasce, esparrama pelo chão"
CERTO: "batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão"
ERRADO: "Cuspido e escarrado"
CERTO: "Esculpido em Carrara" (Carrara é um tipo de mármore)
ERRADO: "Quem não tem cão, caça com gato"
CERTO: "Quem não tem cão, caça como gato" (Ou seja, sozinho)
ERRADO: "São ossos do ofício"
CERTO: "São ócios do ofício"
ERRADO: "Quem tem boca vai a Roma"
CERTO: "Quem tem boca vaia Roma"
ERRADO: "Hoje é domingo, pé de cachimbo"
CERTO: "Hoje é domingo, pede cachimbo"
ERRADO: "esse menino não para quieto, parece que tem bicho carpinteiro"
CERTO: "esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro"
ERRADO: "cor de burro quando foge"
CERTO: "corro de burro quando foge" (faz mais sentido, não é mesmo?)