Ano que vem, o famoso e aclamado musical Wicked chega para deixar o cenário cultural na capital paulista ainda mais agitado. Para quem não conhece, a história conta sobre o que aconteceu antes de Dorothy aparecer e ser levada pelo ciclone para o fantástico mundo de Oz.
Na época, duas outras garotas se conheceram na Terra de Oz. Elphaba, nascida com a pele de cor verde-esmeralda e esperta, ardente e incompreendida; e Glinda, belíssima, ambiciosa e muito popular. Os acontecimentos trazem à tona os segredos que levam Elphaba a se tornar uma bruxa “má” e Glinda a ganhar a simpatia dos habitantes da Cidade das Esmeraldas, mostrando que toda história tem diversos pontos de vista.
Por isso, para entrar no clima da estreia, o Guia da Semana lista 10 curiosidades sobre a incrível, nostálgica e adorada história de "O Mágico de Oz". Confira:
ORIGENS
"The Wonderful Wizard of Oz" nasceu pelas mãos do escritor L. Frank Baum. Ele deu vida a um conto de fadas dividido em 14 livros que relatavam as aventuras de Dorothy, a garota que vai do Kansas à Terra de Oz.
O título logo se transformou em um dos maiores sucessos editoriais da história, o que resultou em uma sequência de 14.
FILME
O filme que a maioria das pessoas conhece até hoje, foi feito em 1939, nos Estados Unidos. Baseado no livro de Baum, o longa surpreendeu a época, afinal, fez uso da técnica technicolor: nas sequências que acontecem no Kansas, nota-se a cor marrom e, em seguida, em Oz, as cores aparecem.
O autor do livro recebeu 75 mil dólares por direitos autorais (quantia notável para a época) e para a produção do filme, participaram 5 diretores e 14 roteiristas.
CRIATIVIDADE
Na época em que foi gravado, a tecnologia não ajudava e os diretores e produtores precisavam ser extremamente criativos. Assim, para fazer o furacão do início do longa - que leva a casa de Dorothy para Oz, a equipe responsável pelos efeitos especiais usou uma meia calça para dar vida ao tornado. Além disso, os cavalos coloridos do filme foram pintados com pó de gelatina e o fogo que sai do sapato da protagonista foi feito com suco de maçã.
POLÊMICA NOS BASTIDORES
Existe uma lenda que ronda os bastidores do filme, que diz que um anão que interpretava um munchkin teria se suicidado no set durante as gravações e que, sem querer, apareceu em uma cena. Na época, o estúdio alegou que a figura ao fundo era um grande pássaro e, em seguida, mudou a versão, dizendo que era um guindaste. Algum tempo depois, uma nova cena foi feita e a imagem sumiu.
ACIDENTES EM CENA
Na cena do desaparecimento da Bruxa Má na Terra dos Munchkins, a atriz Margaret Hamilton teve parte do corpo queimado e precisou ficar afastada do set de gravação. Em seguida, uma dublê foi escalada para substituí-la, mas também sofreu queimaduras.
PINK FLOYD
Outra lenda que envolve o filme é uma possível relação entre as cenas com o disco "The Dark Side of the Moon" da banda Pink Floyd. Algumas pessoas dizem, inclusive, que se ouvirmos o disco ao mesmo tempo que vermos o filme, as cenas e as músicas se encaixam perfeitamente. Apesar de toda a teoria, a banda nega.
UM LEÃO DE VERDADE
Por muito pouco o personagem do Leão Covarde não foi interpretado por um animal real. A MGM queria (muito) usar o leão símbolo do estúdio como protagonista e que fosse dublado, tendo uma participação reduziada. Por algum milagre, a ideia absurda foi abaixo e, então, o ator Bert Lahr entrou em cena - A fantasia usada por ele era feita de pele de leão e pesava 90 quilos.
SAPATINHOS DE DOROTHY
Na história original do livro, os sapatinhos de Dorothy eram prateados. Entretanto, devido às técnicas de cores, foram modificados para o vermelho. Assim, foram fabricados oito pares de rubi para o filme, sendo que um deles foi roubado muitos anos depois e o último a ser vendido alcançou o valor de $165 mil dólares.
PROBLEMAS DE SAÚDE
Judy Garland tinha 16 anos quando interpretou Dorothy, que era apenas uma menina de 10. Por isso, a atriz utilizou espartilhos apertados para que não aparecessem os seios e sinais da adolescência. Mais velha, desenvolveu diversos distúrbios em relação ao corpo e viciou-se em remédios de emagrecimento.
FRACASSO DE PÚBLICO
O filme custou aproximadamente US$ 2,7 milhões (cerca de R$ 6 milhões) e foi o mais caro produzido até a década de 1940. Apesar do sucesso vigorar até os dias de hoje, foi considerado um fracasso, tendo em vista que faturou apenas US$ 3 milhões nas bilheterias.