Conhecido popularmente como mancha na pele, o melasma é um problema que atinge e interfere diretamente sobre a autoestima de muitas brasileiras. Essas manchas de cor acastanhada aparecem na face, principalmente nas regiões das bochechas, testa, dorso do nariz, região supralabial ("bigode") e queixo.
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De acordo com a dermatologista Silvia Zimbres, da clínica Doux Dermatologia, o melasma costuma aparecer em pacientes a partir dos 25 anos de idade e as principais causas são predisposição genética (maior incidência em pessoas pardas e morenas), alterações hormonais, uso de cosméticos inaquedados que contenham derivados do petróleo ou substâncias fotossensibilizantes e uso de anticoncepcionais e de terapia de reposição hormonal durante a menopausa.
"(Além desses), a exposição solar é um dos fatores mais importantes no desenvolvimento do melasma, pois os raios ultravioletas estimulam a atividade dos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção da melanina. Algumas mulheres observam o aparecimento repentino das manchas após um período de exposição intensa ao sol e outras contam um aparecimento mais gradual depois de repetidas exposições", explica a especialista.
"Mas também encontramos pacientes que não passaram por tais circunstâncias e mesmo assim desenvolveram melasma. Apesar de ser bem mais raro, podemos também ver indivíduos do sexo masculino com esse problema", esclarece.
Tratamento
De acordo com a dermatologista Silvia Zimbres, apesar de haver tratamento, não existe cura definitiva para o melasma. "Ainda não existe método nenhum que remova 100% do pigmento da pele. Mas existe um controle, que pode melhorar a aparência das manchas existentes", explica.
Segundo a especialista, a resposta ao tratamento é relacionada diretamente à profundidade do melasma, que pode atingir três estágios: epidérmico (mais superficial), dérmico (mais profundo) ou misto."O dermatologista é capaz de classificá-lo com um instrumento especial chamado luz de Wood e receitar o melhor tratamento", afirma Silvia Zimbres.
A médica explica que o tratamento envolve o uso diário de um filtro solar UVA e UVB com fator de proteção acima de 50. Além da proteção solar, fórmulas com ácidos, agentes clareadores e a vitamina C também podem ajudar a melhorar a aparência dos melasmas. "As fórmulas somente devem ser prescritas pelo dermatologista, de acordo com o tipo de melasma que o paciente apresenta", orienta.
Ainda de acordo com Silvia Zimbres, alguns procedimentos realizados no consultório de dermatologia também podem ajudar a tratar o melasma, como peelings químicos e também o peeling de cristal (microdermoabrasão) associado ao químico. "Outro procedimento indicado é o uso de alguns tipos de laser, como o fracionado e, mais recentemente, com resultados bastante animadores, o laser Nd YAG Q-switched, como o Revlite. Para manchas tipo sardas ou melanoses de sol, o Revlite também é uma excelente alternativa, além do uso clássico da Luz Intensa Pulsada, com resultados incríveis".