Não é de hoje que o cinema usa bares como cenários e temática para os seus filmes. Para dar peso à solidão de uma personagem ou a alegria de uma reunião de amigos, o ambiente é sempre lembrado por autores e diretores para marcar momentos chave em suas criações.
Agora, o interessante mesmo é quando o bar usa os filmes como inspiração para montar um ambiente que lembre cenários e personagens em seus drinks, espaços e cardápios. Esse é o caso do bar Lebowski, em São Paulo, que utiliza o longa O Grande Lebowski (1998) para criar uma atmosfera que leve o público para dentro do enredo dirigido pelos irmãos Coen.
Na onda de bares inspirados em filmes, selecionamos algumas casas para cinéfilo nenhum botar defeito e ainda aproveitar a noite para tomar uma. Confira!
Para os fãs do filme Cult dos irmãos Coen, O Grande Lebowski, os donos do Café Elétrico abriram em abril de 2012 o bar temático do personagem Dude, vivido no filme por Jeff Bridges. A decoração e luminárias lembram uma pista de boliche, com papeis de parece que imitam o quadro do Presidente Nixon no filme.
O cardápio – que reproduz o dever de casa do garoto Larry Sellers – tem como especialidade o drink White Russian, predileto de Dude. Para embalar a noite, a casa ainda conta com uma pista de dança, com DJs se intercalando durante a semana e tocando rock variados, incluindo Creedance.
Bar retrô, com uma pegada meio kitsch, os sócios do espaço pensaram em homenagear o sobrenome do ator Telly Savalas, para dar cara ao estabelecimento com atmosfera anos 70, meio cafajeste, meio bar de hotel decadente.
A porta do banheiro masculino é decorada com uma foto do ator famoso na pele do detetive Kojac. A trilha sonora também presta tributo a décadas de 60/70. Entre os 32 coquetéis, estão a Margarita de Manga e o Mojito com Blueberry.
O bar entra no clima do filme clássico Veludo Azul (1986), de David Lynch. A casa que tem como sócio o chef Cássio Machado, dono das casas Ringue Lounge e Di Bistrot, tem a decoração azul, com clima de balada em plena sala de estar. A acomodação, com sofás e pufes e uma pistinha de dança onde se ouvem hits de groove e soul dos anos 80 e 90, é uma sugestão de esquenta.
Da carta de drinques, além dos tradicionais, como Bellini ou Rossini o local oferece uma seção apenas de bebidas azuis, a base de vodka ou champanhe. O coquetel David Lynch leva saquê, curaçao blue. O longa ficou conhecido pela frase It´s a strange world (este é um mundo estranho).
Na esquina da Brigadeiro Faria Lima com Cidade Jardim, o bar tem uma atmosfera bem popular, que lembra o filme brasileiro homônimo (2000) que deu nome a casa. As mesas ficam ao ar livre, com piso de tábuas largas, fitas do Senhor do Bonfim saindo do teto e iluminação mais branda.
Uma das paredes da casa foi feita artesanalmente com taipa. A brasilidade reflete no cardápio, com diversas opções de caipirinhas, entre elas de carambola com manjericão, criações do barman Souza, do Veloso.