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Por Gabrielly Bento

Após Disney anunciar o fim dos canais, National Geographic também vai acabar?

A empresa aposta suas fichas no streaming e encerra seus principais canais lineares no Brasil.

A gigante do entretenimento está apostando todas as suas fichas em outro modelo de conteúdo (Foto: Vladimir Razgulyaev/Shutterstock)

A Disney anunciou que, a partir de fevereiro de 2025, encerrará a transmissão de grande parte de seus canais na TV por assinatura no Brasil, marcando uma transformação estratégica no mercado de entretenimento.

A decisão, que poupa apenas os canais esportivos da ESPN, destaca a transição da gigante do entretenimento para o fortalecimento de sua plataforma de streaming, o Disney+.

Entre os canais descontinuados estão marcas icônicas como Star Channel, Cinecanal, FX, Disney Channel, Baby TV e até mesmo o National Geographic, conhecidos por oferecerem conteúdos variados, desde filmes e séries a programas educativos.

De acordo com a Disney, a medida segue as tendências globais de consumo, com o público cada vez mais focado em conteúdos sob demanda.

"Em resposta às transformações no cenário local de mídia e entretenimento, e para garantir que continuemos a evoluir e atender às necessidades de nossos consumidores com agilidade e inovação, decidimos descontinuar a operação de alguns canais lineares no Brasil a partir de 28 de fevereiro de 2025", disse a empresa em comunicado.

"Essa decisão inclui o encerramento dos canais Star Channel, Cinecanal, FX, National Geographic, Disney Channel e Baby TV, sem impactar nos canais esportivos", completou.

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O canal National Geographic, que ao longo dos anos se tornou uma referência em documentários sobre ciência, meio ambiente e história, terá seu conteúdo migrado exclusivamente para o Disney+. Apesar do fim de sua transmissão linear, a Disney promete manter o acesso a esses materiais na plataforma, que tem investido em ampliar sua biblioteca e incluir funcionalidades como transmissões ao vivo.

A decisão de abandonar os canais lineares, com exceção da ESPN, reflete uma tendência que vem moldando o mercado de mídia global. Enquanto a ESPN se mantém como a líder nas transmissões ao vivo, sobretudo de eventos esportivos como o futebol, outros canais enfrentam a concorrência direta de serviços como Netflix, Prime Video e o próprio Disney+.

Especialistas avaliam que o movimento da Disney pode influenciar outras empresas a reconsiderarem suas estratégias. Apesar disso, empresas como a Warner Bros. Discovery e Globo continuam investindo em uma abordagem híbrida, mantendo canais lineares em operação enquanto reforçam seus serviços digitais.

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Por Gabrielly Bento

Atualizado em 4 Dez 2024.