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Por Juliana Andrade

Conheça o coletivo Poesia Maloqueirista

Há mais de dez anos gerando diálogos através de arte e poesia.

Poesia Maloqueirista na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, em Pinheiros (Reprodução)

Pelo menos alguma vez na vida você já trombou com um artista itinerante, seja poeta, artista plástico ou músico. Pois bem, uma parte dessa galera se juntou e há alguns bons anos (desde 2002) para formar o coletivo Poesia Maloquerista.

“Passamos a gerar um diálogo popular e identidade mambembe, indo aonde o povo está, tradição que sempre resistiu aos meios de comunicação padrão”, diz Caco Pontes, um dos integrantes do grupo, em entrevista via e-mail ao Guia da Semana.

E não pense que é pouca gente, não. Segundo Caco, a rotatividade do Poesia é enorme já que, “por ter um caráter de processo colaborativo (e constante), existe alta rotatividade de integrantes. Da fase inicial, permanecem dois até os dias de hoje. A equipe atual fixa, que atua no projeto das bibliotecas, envolve seis pessoas, isto sem contar os diversos outros parceiros que fortalecem o movimento informalmente”.

A poesia é a base de linguagem do grupo, mas as atividades vão além do que foi proposto no primeiro momento. “Abrimos o campo de criação e troca de experiências, desenvolvendo saraus, oficinas, publicações impressas e virtuais, promovendo intervenções, performances e eventos multimídia, visando a ocupação dos espaços públicos, possibilitando, assim, uma popularização maior da poesia”, explica o poeta.

Os encontros rolam com frequência na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, em Pinheiros, e muitas pessoas e artistas aparecem por lá. Durante esses anos todos, o coletivo só se fortaleceu e a interação é total. “Percebemos que muito se conquistou e amadureceu na trajetória, a partir das diversas parcerias e articulações em rede que envolvem os diversos coletivos culturais da cidade, do país e do mundo, gerando uma série de atividades para, cada vez mais, alcançar públicos variados e trazer a poesia e a literatura para a conversa cotidiana, estimulando o interesse pela leitura e expressões artísticas que refletem culturas e experiências múltiplas no contexto atual”, conclui o artista.

Por Juliana Andrade

Atualizado em 19 Abr 2014.