MASP terá 12 exposições inéditas em 2025; veja detalhes sobre cada uma delas!
Saiba tudo sobre as mostras que vão compor os edifícios do museu.
Clarissa Tossin, Morte por onda de calor (Acer pseudoplatanus, Floresta de Mulhouse), 2021, coleção da artista (Foto: Wes Magyar (via assessoria MASP))
Em 2025, o MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresentará uma programação especial focada na crise climática e na relação entre o ser humano e o meio ambiente.
As exposições acontecerão em ambos os edifícios do museu: a sede original, projetada por Lina Bo Bardi, e o novo edifício Pietro Maria Bardi, que será inaugurado em março de 2025.
Entre os destaques estão a mostra "Histórias da Ecologia", que reunirá artistas, coletivos e ativistas de diversas partes do mundo; "Histórias do MASP", que marcará a abertura das novas galerias no edifício Pietro Maria Bardi; e "O Outro, Eu e os Outros", do artista colombiano Iván Argote, que propõe uma reflexão sobre o papel do indivíduo no coletivo e no espaço público.
Legal né? Confira detalhes sobre as 12 exposições inéditas da programação de 2025 do MASP!
Pierre-Auguste Renoir
A exposição sobre Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) exibirá as treze obras do artista presentes no acervo do MASP. Composta por doze pinturas e uma escultura, a mostra abrange praticamente toda a carreira do artista francês. Renoir foi um dos principais pintores do movimento impressionista francês, conhecido por suas pinturas de cores vibrantes, caracterizadas pelo uso da luz e cor e uma atenção especial à figura humana, especialmente em cenas de cotidiano e retratos.
Onde: Edifício Pietro Maria Bardi
Quando: de março a agosto de 2025
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Histórias do MASP
A exposição percorrerá mais de sete décadas de história do museu no contexto da abertura do seu segundo prédio na avenida Paulista, o edifício Pietro Maria Bardi. A mostra aborda temas como a formação do acervo, as histórias das exposições no museu, sua extensa programação, bem como as transformações na arquitetura de seus edifícios. Esse momento de expansão também nos convida a refletir sobre a forte presença do MASP no imaginário artístico e cultural paulistano e nacional.
Onde: Edifício Pietro Maria Bardi
Quando: de março a agosto de 2025
Artes da África
A exposição estabelece uma leitura crítica e propositiva sobre a da coleção de arte africana do MASP que reúne cerca de 120 itens e obras provenientes da África, que abrangem desde peças do Egito Antigo até alguns trabalhos contemporâneos. A maior parte desse acervo são estatuetas e máscaras do século 20, incorporadas ao acervo do museu ainda nas primeiras décadas de sua formação.
Onde: Edifício Pietro Maria Bardi
Quando: de março a agosto de 2025
Isaac Julien: um maravilhoso emaranhado
Isaac Julien é um artista e cineasta que, por meio de narrativas audiovisuais e instalações multimídia, tensiona os limites entre diferentes práticas artísticas, como arquitetura, fotografia, música e pintura. Composta por nove projeções simultâneas em telas de grandes formatos, os vídeos captam imagens de edifícios icônicos de Lina Bo Bardi (1914-1992), realçando a dimensão poética do legado da visionária arquiteta e designer modernista.
Onde: Edifício Pietro Maria Bardi
Quando: de março a agosto de 2025
Iván Argote: O Outro, Eu e os Outros
Iván Argote é um artista e cineasta colombiano radicado em Paris que realiza filmes, fotografias, esculturas e performances, além de instalações de grandes dimensões. Seus trabalhos problematizam as relações do homem contemporâneo com as estruturas de poder, os sistemas de crenças e os espaços urbanos. Argote desenvolveu duas gangorras coletivas, cada qual composta de uma plataforma basculante que se inclina ora para um lado ora para outro, dependendo do número de visitantes e da posição em que se encontram.
Onde: Vão Livre
Quando: de março de 2025 a janeiro de 2026
Hulda Guzmán convidou a natureza gentilmente
Hulda Guzmán é reconhecida por retratar, por meio da pintura, seus arredores tropicais e caribenhos enquanto explora planos, perspectivas e realidades, povoadas por um elenco de seres humanos, animais, plantas antropomórficas e criaturas imaginárias. A exposição aborda sua relação com a paisagem impressionista, destacando sua contribuição ao mesclar a paisagem com características arquitetônicas, realismo mágico e muralismo mexicano.
Onde: 1° subsolo, Edifício Lina Bo Bardi
Quando: de 11 de abril a 24 de agosto de 2025
Mulheres Atingidas por Barragens: bordando direitos
Arpillera é o nome em espanhol para uma linguagem têxtil figurativa que, durante o regime ditatorial de Augusto Pinochet, se tornou uma forma de denunciar as violações dos direitos humanos. No Brasil, essa forma de expressão inspirou o Coletivo Nacional de Mulheres do MAB, Movimento dos Atingidos por Barragens, um movimento social brasileiro, auto-organizado, surgido na década de 1980. A exposição apresentará cerca de 30 trabalhos, produzidos entre 2013 e 2024, por mulheres que se reúnem em oficinas organizadas pelo MAB em todo o território nacional.
Onde: Mezanino, Edifício Lina Bo Bardi
Quando: de 11 de abril a 3 de agosto de 2025
A Ecologia de Monet
A exposição explora o vínculo entre o icônico artista impressionista Claude Monet (Paris, França, 1840—1926, Giverny, França) e o meio ambiente, integrando o programa curatorial do museu para 2025 dedicado ao ciclo de Histórias da Ecologia. A relação do pintor impressionista com a natureza abrange toda a sua obra, tornando-se mais complexa ao longo dos anos.
Onde: 1° andar, Edifício Lina Bo Bardi
Quando: de 16 de maio a 25 de agosto de 2025
Frans Krajcberg: reencontrar a árvore
Frans Krajcberg foi pioneiro no cruzamento entre arte e ecologia, precursor em dar visibilidade às questões ambientais no território brasileiro. O artista trabalhou a partir de resquícios de troncos, cipós, raízes e madeira calcinada, explorando pigmentos naturais, para produzir obras em que os elementos naturais são a própria matéria de sua arte. Krajcberg provocou uma virada radical nas convenções da escultura, além de desafiar fronteiras entre desenho, gravura e pintura.
Onde: 2° subsolo, Edifício Lina Bo Bardi
Quando: 16 de maio a 19 de outubro de 2025
Geometrias
A exposição reunirá cerca de 40 trabalhos do acervo que se relacionaram com a abstração geométrica. A mostra apresenta desde artistas concretos e neoconcretos, como Judith Lauand (1922-2022) e Hélio Oiticica (1937-1980), até artistas contemporâneos como Delson Uchoa e Beatriz Milhazes. Artistas que trabalharam com a geometria a partir de abordagens menos formalistas também estão incluídos, como Rubem Valentim (1922-1991) e Alfredo Volpi (1896-1998).
Onde: Edifício Pietro Maria Bardi
Quando: de 10 de outubro de 2025 a 1 de fevereiro de 2026
Clarissa Tossin: ponto sem retorno
A mostra abrange peças de 2008 até o presente, incluindo instalações, esculturas, tecelagens, imagens em movimento e um conjunto de novas obras encomendadas pelo MASP especificamente para esta mostra. A artista gaúcha radicada em Los Angeles aborda em seu trabalho questões relacionadas ao aquecimento global a partir de diversos materiais, em geral, resíduos industriais da sociedade de consumo, como plástico reciclado, látex derivado do extrativismo na Amazônia e caixas de entrega da loja online Amazon, entre outros.
Onde: 1º andar, Edifício Lina Bo Bardi
Quando: de 10 de outubro de 2025 a 1 de fevereiro de 2026
Abel Rodríguez: o nomeador de plantas
Abel Rodríguez nasceu às margens do Rio Cahuinarí, na Amazônia colombiana, e seu nome indígena é Mogaji Guihu, sendo originário das comunidades Nonuya e Muinane. Foi treinado desde a infância para ser um sabedor, isto é, um depositário dos conhecimentos sobre as espécies botânicas da floresta, seus usos práticos e simbólicos. A mostra reunirá trabalhos de diferentes momentos de sua obra, mostrando suas relações com o pensamento Nonuya-Muinane e as fricções culturais pelas quais o artista passou ao se mudar para Bogotá.
Onde: 1° subsolo, Edifício Lina Bo Bardi
Quando: de 10 de outubro de 2025 a 1 de fevereiro de 2026