São muitas as exposições imperdíveis em São Paulo em abril de 2025. Mostras como 'Luiz Braga – Arquipélago imaginário', no IMS Paulista, e 'O Fascínio do Fazer', no Estúdio Roberta Caviglia, inauguram na cidade, além da 21ª SP-Arte, que ocorre entre os dias 2 e 6 de abril.
Além delas, também vale a pena correr para conferir as instalações 'Andrômeda – universo sem fim' e 'The FRIENDS™ Experience', que encerram neste mês.
Confira a seleção do Guia da Semana de exposições imperdíveis em São Paulo em abril de 2025:
Vista da SP-Arte no Pavilhão da Bienal em 2024 (Foto: Divulgação SP-Arte (via assessoria - a4eHolofote))
21ª SP-Arte | Pavilhão da Bienal
A SP-Arte chega a 21ª edição como principal a plataforma do mercado brasileiro de arte e design e ponto de encontro essencial para artistas, galeristas, designers, curadores, colecionadores e pesquisadores. Reconhecida como vitrine de tendências e projetos que irão guiar a programação das galerias e estúdios ao longo do ano, a feira reafirma sua relevância e abrangência. O evento reúne cerca de 200 expositores, entre galerias de arte, estúdios de design, instituições culturais, espaços independentes e editoras.
de 2 a 6 de abril
Pavilhão da Bienal [Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, portão 3 - Parque Ibirapuera]
The FRIENDS™ Experience: The One in São Paulo | Shopping Cidade São Paulo
Repleta de recriações interativas de cenários nostálgicos, a The Friends™ Experience oferece aos visitantes inúmeras oportunidades de explorar a história da série e recriar algumas de suas cenas favoritas, como posar em frente à porta roxa de Rachel e Monica, relaxar nas poltronas de Chandler e Joey, ajudar Ross a mover o famoso sofá "pivot" ou se sentar no icônico sofá laranja em uma recriação do Central Perk.
Até 6 de abril
Av. Paulista, 1230 - Bela Vista
Estrada Nova, 1991 (Foto: Luiz Braga (Reprodução via site do IMS Paulista))
A exposição apresenta uma seleção com cerca de 250 fotografias realizadas ao longo de 50 anos de trajetória do fotógrafo paraense. A partir do arquivo do artista, o recorte não linear de imagens delineia a dimensão do imaginário sensível e ficcional de Luiz Braga (Belém, PA, 1956) sobre o território amazônico, principal interesse em sua produção.
de 12 de abril a 31 de agosto
Av. Paulista, 2424 - Bela Vista
Obra Leaves #3 de Roberta Caviglia (Foto: Divulgação (via assessoria de imprensa))
O Fascínio do Fazer | Estúdio Roberta Caviglia
A nova exposição da artista Roberta Caviglia explora gestos livres e a interação entre cores, transparências e planos, criando composições dinâmicas que dialogam com o espaço. A artista utiliza cor e a textura para construir paisagens fluidas e imagéticas, equilibrando espontaneidade e pesquisa técnica.
de 12 de abril a 12 de maio
Rua Peixoto Gomide, 1801, Casa 6A - Jardim Paulista
Foto: Divulgação (via assessoria - Sherlock Communications)
Lektrik Art: Um Festival de Luzes | Jardim Botânico
Uma grande exposição de esculturas coloridas e confeccionadas de forma artesanal por 150 artistas. Entre as obras estão lobos, pandas, flores, monumentos e réplicas de pontos turísticos que transportam o visitante para selvas, reinos e culturas lendárias, e contam diversas histórias sobre o mundo.
Até 13 de abril
Av. Miguel Estefano, 3031 - Vila Água Funda
Foto: Isabella Matheus (via site da Pinacoteca)
Era uma vez: visões do céu e da terra | Pina Contemporânea
A exposição coletiva se organiza como uma viagem no tempo e no espaço para refletir sobre o fim do mundo e a imaginação de outros mundos. Ela investiga o pensamento cosmológico das pessoas artistas, desde o período de 1969 – ano que marca os eventos históricos da chegada do homem à Lua e da divulgação do primeiro relatório da ONU sobre “Problemas do meio ambiente urbano” – até os dias de hoje, em que a relação predatória da humanidade com o planeta colocou as questões ambientais como tema central no debate ao redor do globo.
Até 21 de abril
Avenida Tiradentes, 273 - Luz
Foto: Lucas Mello (via assessoria do MIS)
Ney Matogrosso | Museu da Imagem e do Som – MIS
A mostra faz um percurso cronológico pela obra do artista, passando por cada década de sua atuação na frente dos palcos – desde a estreia como vocalista do grupo “Secos & Molhados”, até seu mais recente álbum “Nu com minha música”, o primeiro concebido separadamente de um show.
Até 21 de abril
Avenida Europa, 158 - Jardim Europa
Foto: Lucas Mello (via assessoria do MIS)
Jovem Guarda 60 anos | Museu da Imagem e do Som
O ano de 2025 marca o aniversário de 60 anos da Jovem Guarda, movimento cultural que surgiu em um dos programas televisivos de maior impacto na sociedade brasileira. Com curadoria de André Sturm, diretor-geral do MIS, a mostra contará com diversos álbuns, pôsteres, fotografias, capas de revistas, matérias de jornais e itens pessoais de alguns membros do movimento.
A mostra propõe uma experiência sensorial e reflexiva dividida em oito atos, explorando a evolução do universo desde a formação das primeiras estrelas e galáxias até os fenômenos cósmicos mais complexos.
Rua João Brícola, 24 – Centro
Até 27 de abril
Grafiteira AFolego Releitura "A Noite Estrelada" de Vicent Van Gogh (Foto: Divulgação (via assessoria - Agência Pub))
A Noite Estrelada | Mercadão
Inspirada na obra homônima do pintor Vincent Van Gogh, a mostra gratuita ocupa o hall de entrada do Espaço de Gastronomia e Cultura do Mercadão, reunindo telas assinadas por seis grafiteiros que propõem uma releitura da famosa pintura com base em suas visões sobre a cidade de São Paulo.
Cícero Dias - com açúcar, com afeto | Farol Santander
A exposição sustenta como proposta realçar a trajetória do artista, contextualizando sua história e evidenciando sua profunda relação às origens pernambucanas. Embora tenha vivido a maior parte de sua vida em Paris, onde foi amigo de Pablo Picasso, Paul Éluard, Alexander Calder entre outros, Cícero Dias nunca deixou de fato o Engenho Jundiá, onde nasceu.
Até 27 de abril
Rua João Brícola, 24 – Centro
Foto: Divulgação (via Museu do Futebol – Comunicação )
Vozes da Várzea | Museu do Futebol
O futebol amador paulista ganha protagonismo no Museu do Futebol com a exposição Vozes da Várzea. Plural, democrática e atemporal, a prática esportiva iniciada às margens dos rios que cortam a cidade de São Paulo é apresentada por meio de imagens, textos, mapas, instalações audiovisuais e objetos.
Até 27 de abril
Praça Charles Miller, s/n (Estádio Paulo Machado de Carvalho – Pacaembu)
Princípios japoneses: design e recursos | Japan House
A mostra, com entrada gratuita, reúne 16 projetos de 14 criadores que apostam em formas de aproveitamento máximo e minimização de desperdícios dos recursos e materiais, além de iniciativas para valorização de recursos e técnicas tradicionais japonesas. Com muitas possibilidades, a exposição apresenta iniciativas em áreas como arquitetura, design, artesanato tradicional, têxteis, itens de esporte e instrumentos musicais.
Até 4 de maio
Av. Paulista, 52 - Bela Vista
Foto: Beto Assem (via site da Pinacoteca)
Renata Lucas: domingo no parque | Pina Estação
Em “Domingo no parque”, a radicalidade do trabalho da artista Renata Lucas se evidencia no confronto não apenas com a escala das três salas expositivas do museu, mas também a fachada e a praça em frente ao prédio da Pina Estação, localizada no Largo General Osório.
Isaac Julien – Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement – Photographs & Collage | Nara Roesler
A exposição apresenta 20 obras, 16 delas totalmente inéditas – derivadas do filme “Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement” (2019), em que Lina Bo Bardi (1914-1992) é representada por Fernanda Montenegro e Fernanda Torres. O texto crítico é de Solange Farkas, fundadora da Associação Cultural Videobrasil, em 1991, e curadora de diversas bienais e exposições.
Até 24 de maio
Avenida Europa, 655 - Jardim Europa
Foto: Isabella Matheus, Levi Fanan (via site da Pinacoteca)
Caipiras: das derrubadas à saudade | Pina Luz
A exposição coletiva nasce a partir do trabalho emblemático de Almeida Júnior (Itu, 8 de maio de 1850 — Piracicaba, 13 de novembro de 1899), Caipira picando fumo (1893), para repensar o imaginário em torno da identidade deste tipo social construído para designar o paulista interiorano.
Até 25 de maio
Praça da Luz, 2 - Bom Retiro
Foto: João Liberato (via site do Instituto Tomie Ohtake)
Coleção Vilma Eid – Em cada canto | Instituto Tomie Ohtake
A exposição se dedica a examinar o acervo da colecionadora e galerista Vilma Eid, que nos últimos quarenta anos construiu uma coleção singular, reunindo trabalhos de mais de 100 artistas entre os ditos populares, modernos e contemporâneos.
Até 25 de maio
Rua Coropé, 88 - Pinheiros
Foto: Divulgação (via site do Instituto Tomie Ohtake)
Olho d'água - Patricia Leite | Instituto Tomie Ohtake
A exposição reúne cerca de 30 obras, entre desenhos, pinturas e objetos que perpassam os quarenta anos da trajetória artística de Patricia Leite. Algumas das mais emblemáticas obras de Leite estão na exposição, como pinturas nas quais a artista cria o que chama de “sensações de paisagens”: obras cujas fontes de inspiração possam ter sido viagens, diálogos com amigos, letras de músicas, cenas de filmes, trechos de poesias, recordações marcantes ou fotografias tiradas por ela ou encontradas.
A mostra marca a primeira exposição individual da artista, destacando sua presença no cenário contemporâneo. Por meio de suas obras, o público é convidado a perceber a plasticidade da atmosfera, onde memórias, sensações e ritmos se entrelaçam em uma experiência fluida e sensorial.
Exposição retrospectiva de Zanele Muholi (1972, Umlazi, África do Sul), um dos nomes mais aclamados da fotografia contemporânea. Desde o início dos anos 2000, Muholi, que se define como ativista visual, documenta a vida da comunidade negra LGBTQIAPN+ na África do Sul e no mundo. A mostra reúne as principais séries fotográficas de Muholi, especialmente Faces and Phases (extenso mapeamento de pessoas lésbicas, bissexuais, não binárias e transmasculinas feito desde 2006, hoje com centenas de fotos), Somnyama Ngomyama (autorretratos que tratam de temas como racismo, trabalho, eurocentrismo e sexualidade), Brave Beauties e trabalhos inéditos produzidos no Brasil.
Carlos Zilio - a querela do Brasil | Itaú Cultural
Com mais de 100 obras, essa é a primeira retrospectiva do artista, nascido em 1944, no Rio de Janeiro. Com caráter cronológico, a mostra acompanha a sua produção de 1966 a 2022 definida por cada fase de sua vida. A exposição passa pelas diferentes etapas da obra do artista – entre técnicas, linguagens e suportes variados – e acompanha o desenvolvimento do trabalho iniciado com uma produção politizada, durante a ditadura militar, passando por trabalhos abstratos e de experimentação em uma reflexão sobre a identidade nacional e o modernismo brasileiro, até chegar ao vazio e à ausência. Exibe, ainda, cadernos de trabalho de Zilio, nunca expostos.
Até 6 de julho
Avenida Paulista, 149 - Bela Vista
Ressurreição de Cristo [The Resurrection of Christ], 1449 - 1502 (Foto: Rafael - Acervo MASP (via assessoria do MASP))
Cinco ensaios sobre o MASP — Histórias do MASP | MASP
Em formato de linha do tempo, a mostra coloca em diálogo 74 obras do acervo do MASP com uma documentação raramente exibida do Centro de Pesquisa do museu, abrangendo fotografias, documentos, cartazes, livros, catálogos, jornais e revistas. Essa seleção apresenta a memória da instituição de maneira didática e panorâmica, abordando temas como a criação do museu, a formação de seu acervo, sua primeira sede na 7 de abril, a mudança para a Avenida Paulista, além de exposições e eventos que fizeram história nas últimas décadas.
Até 3 de agosto
Avenida Paulista, 1510 - Bela Vista
Foto: Wellington Almeida (via comunicação do Museu da Língua Portuguesa)
Fala Falar Falares | Museu da Língua Portugues
A exposição celebra a fala e os sotaques brasileiros. No espaço expositivo, há recursos tecnológicos, produções audiovisuais e experiências participativas, que farão o visitante se encantar com os mecanismos que tornam o ato de falar um superpoder do ser humano. Além disso, em um quiz, o público será desafiado a descobrir de que estado do país é a pessoa que aparece falando em um vídeo sobre sua vida e características de onde nasceu. Engana-se quem pensa ser uma tarefa fácil. Será que você consegue distinguir quem é do Pará e do Rio de Janeiro? Ou de Mato Grosso do Sul e do Paraná?