Retrospectiva das bolas da Copa do Mundo

A bola usada na Copa do Mundo da Itália, em 1934, foi a Federale 102, com 12 gomos e de couro. Na final entre Itália x Tchecoslováquia, o jogador italiano Orsi acertou um chute tão potente que a bola fez uma curva inimaginável. No dia seguinte, o jogador até tentou repetir o feito, mas sem sucesso.

Allen foi o nome da bola usada na Copa do Mundo da França de 1938, seguindo o modelo de 12 gomos e de couro. A França foi para a guerra um ano depois e pelos próximos 12 anos não haveria campeonato mundial da Fifa.

A primeira final pós-guerra no Brasil, em 1950, seguia o modelo da bola tradicional de 12 gomos, mas com bordas curvas para criar menos tensão nas costuras. No jogo entre Inglaterra x EUA, os americanos venceram os ingleses por 1-0. Tal feito foi tão marcante que a bola foi guardada como um souvenir e pode agora ser vista no Hall da Fama do Futebol em Oneonta, estado de Nova York.

A bola de 18 gomos fez sua estreia na Copa do Mundo da Suíça, em 1954, e foi usada até 1966. Ela era mais leve, resistente à chuva e tinha o padrão FIFA de qualidade.

A Top Star tem história! Foi com ela que o Brasil ganhou o primeiro campeonato mundial, em 1958. O modelo tinha 24 gomos e uma costura interna em forma de zig-zag, o que diminuía a tensão na bola.

A Mr Crack foi usada na Copa do Mundo de 1962, no Chile, onde o Brasil foi bi-mundial. Mas sofreu críticas: era ruim para ser usada em dias de chuva pois diziam que as bolas estavam “bebendo” água - ficavam muito encharcadas; no sol perdiam a cor. A Mr Crack foi a primeira bola produzida pela Adidas para uma Copa da Fifa.

A Challenger 4-Star foi utilizada na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra. Foi produzida por Slazenger, uma marca inglesa, e possuía 24 gomos. Malcolm Wainwright, 32 anos, que fazia bolas desde os 15 e era considerado o melhor costureiro da empresa, produziria a bola de amostra. Modelos aprovados, era a hora de Wainwright e mais sete companheiros costurarem as 300 bolas necessárias para as finais de 1966.

Mais uma bola de sorte para o Brasil. A Telstar foi usada na Copa do Mundo do México, em 1970, possuía 32 gomos e era preta e branca. A Adidas foi a responsável pela produção da bola de 70, e é assim até hoje. A Adidas distribuiu somente 20 bolas para uso nas finais e vendeu cerca de 600.000 bolas oficiais e réplicas após o campeonato.

A bola da Copa do Mundo anterior agradou tanta gente que foi utilizada novamente na Copa do Mundo na Alemanha, em 1974.

Haveria uma forma melhor para homenagear o país-sede da Copa de 1978? Que tal com o nome “Tango”, tradicional dança argentina? Foi o que aconteceu. O “Tango” foi a primeira a levar a marca registrada da Adidas, que era um desenho impresso de triângulos de bordas curvas interconectados conhecidos como ‘tríade’. O design da bola foi usado pelos próximos 20 anos.

A versão espanhola da bola usada na Copa da Espanha, em 1982, foi chamada de “Tango Espana”. Foi a primeira bola a ser feita de uma mistura de couro verdadeiro e material sintético. Tinha uma cobertura de poliuretano para maior eficiência em repelir a água.

A “Azteca” foi um modelo novo feito de material sintético em camadas, cada uma com diferentes propriedades para dar maior sustentação à bola, conservar sua forma e ser totalmente à prova d’agua. Esta foi também a primeira bola a exibir o desenho especial para FIFA – a tríade foi baseada num mural asteca.

Mais leve e resistente, a bola Etrusco Unico tinha uma camada interna de espuma de poliuretano. No desenho, três leões decorando os 20 triângulos da Tango.

A bola Questra foi desenvolvida na França e testada pelos times e jogadores tanto da Europa quanto dos EUA. A bola foi fabricada com cinco materiais diferentes com uma camada externa final durável, mas flexível.

A “Tricolore” foi a primeira bola colorida a ser desenhada para a FIFA. A bola era de um material sintético novo, moldada com ‘espuma sintética’ que afirmavam dar melhor compressão e mais repiques. A bola tinha as cores da bandeira da França e foi considerada uma das mais bonitas do mundo.

A bola do Penta do Brasil tinha o nome de Fevernova. Mais de 2.500 bolas foram fornecidas para as finais e cerca de 6 milhões de bolas oficiais e bolas réplicas já foram vendidas em todo o mundo.

A Teamgeist foi a bola da Copa da Alemanha de 2006. Ela é impermeável e leve e está entre as top 3 das bolas mais bonitas do futebol.

A Jabulani foi a bola oficial do Mundial de 2010. As 11 cores da bola são uma homenagem ao futebol e ao país da primeira Copa do Mundo da FIFA realizada no continente africano. A Jabulani é formada por oito gomos em 3D unidos termicamente. Os gomos foram moldados esfericamente para dar à bola um formato perfeitamente cilíndrico.

A Brazuca é a bola da Copa de 2014 no Brasil, e é bola da Adidas mais testada de todos os tempos. Ela já passou por mais de 600 jogadores e ex-jogadores, como Casillas, Daniel Alves, Lionel Messi, Schweinsteiger e Zidane, além de 30 equipes em dez países de três continentes. A bola possui uma simetria única de seis painéis idênticos ao lado de uma diferente estrutura de superfície, oferecendo melhor aderência, toque, estabilidade e aerodinâmica no gramado.