12 Filmes sobre lésbicas que vão mudar seus conceitos
Conheça os melhores romances, dramas, comédias e suspenses com protagonistas homossexuais.
LGBT
Fome de Viver, de Tony Scott (Divulgação)
Pense num filme LGBT: é curioso que a grande maioria dos títulos que vêm à mente abordam relacionamentos entre homens. No site Rotten Tomatoes, por exemplo, todos os 10 filmes listados como os mais bem avaliados com temática “Gays e Lésbicas” são sobre homens (Milk está no topo), e não mulheres que se apaixonam por mulheres. (Seria, talvez, porque a esmagadora maioria de críticos são homens? A se pensar.)
Em 2013, o vencedor da Palma de Ouro Azul é a Cor Mais Quente jogou luz sobre a sexualidade feminina, acendendo a discussão sobre o quão estereotipada ainda é a visão sobre a homossexualidade no cinema. O filme tratou o relacionamento entre duas garotas com naturalidade, como um romance que, às vezes, não leva a lugar nenhum (como tantos amores héteros que já vimos na ficção). Mesmo assim, o drama foi alvo de críticas por ser dirigido por um homem e por conter uma cena muito longa de sexo.
Já que está difícil encontrar bons filmes com protagonistas lésbicas no mercado, o Guia da Semana selecionou 12 opções para quebrar estereótipos e curtir o que o cinema tem de melhor: boas histórias. Confira:
Fome de Viver (The Hunger, 1983)
Catherine Deneuve vive uma vampira insaciável no thriller sexy de Tony Scott. Depois de devorar a juventude de seu amante John (David Bowie) até a última gota, Miriam parte para uma próxima vítima: a doutora Sarah Roberts (Susan Sarandon), a quem John tinha ido buscar ajuda desesperadamente.
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Almas Gêmeas (Heavenly Creatures, 1994)
Dirigido por Peter Jackson, o filme traz Kate Winslet e Melanie Lynskey nos papéis principais. Elas são adolescentes e se aproximam por terem problemas parecidos com os pais, tornando-se inseparáveis. Quando os pais de uma delas percebe a homossexualidade da filha, porém, as duas são separadas, desencadeando reações violentas.
Ligadas Pelo Desejo (Bound, 1996)
Escrito e dirgido pelos irmãos Wachowski, este filme explora o clima noir de um thriller de gângsteres, com sensualidade e humor. Corky (Gina Gershon) é uma ex-presidiária que mora no apartamento ao lado de Violet (Jennifer Tilly). Violet, por sua vez, é usada por um parceiro mafioso e, depois de conhecer Corky, decide fugir com dois milhões de dólares da máfia.
Nunca Fui Santa (But I'm a Cheerleader, 1999)
Nem só de drama vive o cinema, não é? Nunca Fui Santa é uma comédia bem americana, com direito a líder de torcida e acampamento. No caso, a vítima é Megan, uma líder de torcida sem papas na língua e que não se interessa por namorados. Seus pais, suspeitando que ela seja homossexual, a mandam para um acampamento de “reabilitação”, onde ela descobre que, talvez, goste mesmo de garotas.
Meninos Não Choram (Boys Don’t Cry, 1999)
Hilary Swank se entregou à personagem (inspirada numa pessoa real) e levou o Oscar por sua atuação em Meninos Não Choram. Ela é Teena Brandon, que muda seu nome para Brandon Teena e começa a viver e a se apresentar como homem em Nebraska, numa cidade pouco receptiva a homossexuais. Lá, ela se envolve com várias mulheres e passa a fazer parte de um grupo de “machões”, incluindo um ex-presidiário, mas não percebe o risco que isso pode significar caso seu segredo seja descoberto.
As Horas (The Hours, 2002)
Meryl Streep, Nicole Kidman e Julianne Moore no mesmo filme já seriam motivo o suficiente para amar As Horas. Mas o drama de Stephen Daldry, baseado no livro de Michael Cunningham, ainda nos surpreende ao amarrar um clássico da literatura (Mrs. Dalloway) com as histórias de três mulheres em tempos diferentes. A primeira é a própria autora, Virginia Woolf, que sofre de depressão enquanto escreve e descobre sua sexualidade nos anos 20. Em 1951, Laura está lendo Mrs. Dalloway e questionando sua felicidade com sua família heterossexual e sua segunda gravidez. Já em 2001, uma mulher lésbica faz uma festa para um ex-amante e escritor, e reflete sobre como teria sido sua vida se tivesse ficado com ele. Kidman ganhou um Oscar pelo filme.
Monster (2003)
O filme que rendeu um Oscar a Charlize Theron mostra a musa em seu papel mais difícil (e nada glamuroso). Ela é Aileen, uma prostituta com uma vida traumática que descobre gostar de matar, e passa a assassinar seus clientes. Ela mantém um relacionamento com outra mulher (Christina Ricci), que foi rejeitada pelos pais por ser lésbica.
Lírios d’água (Naissance des pieuvres) (2008)
Não poderia faltar nesta lista um filme francês, não é mesmo? Lírios d’água conta a história de um triângulo amoroso feminino num grupo de nado sincronizado. Os sentimentos começam a aflorar quando uma delas se interessa por um garoto e decide perder a virgindade antes de namorá-lo, criando uma série de situações que coloca em cheque a amizade e o desejo de cada uma.
Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Right, 2010)
Annette Bening e Julianne Moore são um casal de mulheres, que adotou duas crianças e hoje tem uma família normal. Quando a filha está prestes a sair de casa para começar a faculdade, o irmão mais novo decide sair em busca do pai biológico, num encontro que pode destruir ou aumentar a família.
Circumstance (2011)
Ousado, o longa de Maryam Keshavarz se passa no Teerã e precisou de um roteiro falso para ser filmado em Beirut. O filme mostra uma adolescente que descobre as festas e a sexualidade ao lado da melhor amiga, enquanto seu irmão, em tratamento contra as drogas, desenvolve uma obsessão por ela.
Flores Raras (2013)
Glória Pires e Miranda Otto interpretam a arquiteta Lota de Macedo Soares e a poetisa Elizabeth Bishop, num filme inspirado no relacionamento real, intenso e destrutivo que viveram as duas mulheres.
Azul é a cor mais quente (La Vie D’Adèle/Blue Is the Warmest Color, 2013)
Adèle é uma estudante desajeitada, que não se encaixa nem em seu grupo de amigos e não consegue se interessar pelos garotos da escola. Um dia, ela conhece uma garota mais velha, descolada e de cabelos azuis, por quem se apaixona e com quem descobre um novo estilo de vida.