15 filmes que estão de olho no Oscar 2018

Vencedor do Leão de Ouro em Veneza, o romance fantástico de Guillermo Del Toro (“O Labirinto do Fauno”, “Hellboy”) tem como pano de fundo a Guerra Fria e os anos 60 e traz Sally Hawkins no possível papel da sua vida. Ela vive uma cientista que trabalha isolada e escondida num laboratório mantido pelo governo americano e descobre um experimento confidencial envolvendo uma criatura marinha por quem se apaixona.

No curioso sci-fi de Alexander Payne (“Nebraska”, “Os Descendentes” e “Sideways – Entre Umas e Outras”), Matt Damon e Kristen Wiig aceitam participar de um projeto revolucionário, que promete resolver os problemas da humanidade com o meio-ambiente: eles são encolhidos até terem poucos centímetros de altura, o que não apenas possibilita um modo de vida mais sustentável, como multiplica suas posses como um passe de mágica.

Gary Oldman é um dos nomes fortes na corrida pelo prêmio de Melhor Ator por sua transformação radical em “Darkest Hour”, como o Primeiro Ministro britânico Winston Churchill. O filme mostra sua vida nos primeiros dias do cargo, ao final da Segunda Guerra Mundial, quando Churchill precisa decidir entre negociar com Hitler ou se manter firme contra ele, contrariando seu próprio partido e colocando em risco seu futuro na política.

Falando em atrizes em grandes papéis, Margot Robbie assume a identidade da patinadora Tonya Harding, que teve a carreira arruinada quando foi descoberto que seu ex-marido, Jeff Gillooly (Sebastian Stan), contratou um homem para quebrar a perna de uma adversária.

Entre os homens, outro nome que pode finalmente ganhar seu Oscar é Jake Gyllenhaal (“O Abutre”, “Animais Noturnos”), que agora protagoniza uma história real. O ator interpreta Jeff Bauman, um homem que foi atingido por uma bomba durante o atentado na maratona de Boston em 2013 e perdeu as duas pernas.

Ácido e satírico, “Corra!” cumpriu seu papel de incomodar, provocar reflexão e, ao mesmo tempo, entreter. O filme conta a história de um jovem negro que vai conhecer os pais da namorada branca numa casa de fazenda e, lá, encontra uma realidade terrivelmente hostil disfarçada de acolhedora.

Na interpretação de Sofia Coppola para o romance de Thomas Cullinan, um grupo de mulheres isoladas da Guerra Civil Americana dentro de um internato reage à chegada inesperada de um soldado.

Durante a Segunda Guerra Mundial, um grupo imenso de soldados aliados é encurralado na praia de Dunkirk, na França, e precisa ser resgatado de forma desesperada.

O novo filme de James Franco como diretor pode ser aquele que o fará ser finalmente respeitado pela crítica. “The Disaster Artist”, exibido pela primeira vez no festival South by Southwest em março deste ano, recria os bastidores da produção de um filme que foi considerado um dos piores do mundo – “The Room”, de Tommy Wiseau.

O suspense de M. Night Shyamalan talvez não ganhe muitas indicações, mas pode colocar James McAvoy na corrida pelo Oscar de Melhor Ator. Ele interpreta um homem com 23 personalidades que sequestra três adolescentes e anuncia a chegada de uma 24º identidade, mais monstruosa e dominante que as outras.

Dirigido por uma mulher e estrelado por uma super-heroína, “Mulher Maravilha” conquistou o mundo em 2017 e teve uma relevância além do seu conteúdo. O filme mostra a origem da personagem inserindo-a num contexto da Primeira Guerra Mundial, usando de humor e inocência para trabalhar o choque entre uma mulher criada numa ilha de amazonas e um mundo dominado por homens em guerra.

Estrelado por Hugh Jackman, Michelle Williams, Rebecca Ferguson, Zendaya e Zac Efron, “O Rei do Show” tem todo o perfil de um ganhador do Oscar: é um filme otimista, grandioso, com um toque de época, cujo tema central é a indústria do entretenimento, que tem no centro uma família e é baseado numa história real. Jackman, no caso, interpreta P.T. Barnum, um homem que partiu de uma origem humilde e criou o conceito de “show business”.

Sete anos depois de se tornar a primeira mulher a ganhar o Oscar de Melhor Direção (e ainda levar o de Melhor Filme) e quatro anos depois de ser indicada novamente ao de Melhor Filme, Kathryn Bigelow apresenta seu novo trabalho: o drama “Detroit”, baseado nos protestos de 1967, motivados pelo assassinato de três homens negros pela polícia.

Se os super-heróis tradicionalmente foram mantidos fora das categorias principais do Oscar, neste ano o jogo pode mudar. Além de “Mulher Maravilha”, que abordou temas urgentes de forma inteligente e despretensiosa, “Logan” conseguiu trazer o gênero nerd para um universo mais dramático e pé-no-chão, extraindo atuações soberbas de Hugh Jackman, Patrick Stewart e da pequena Dafne Keen.