Saúde e Bem-Estar
Por Jennifer de Carvalho

Tipos de sal: qual é o melhor para a saúde? Descubra

Ao escolher um tipo de sal, é preciso seguir o limite de consumo da OMS e a orientação de um nutricionista.

O sal é um produto usado desde civilizações antigas e servia, até mesmo, como uma forma de pagamento. (Foto: Tatjana Baibakova / Shutterstock)

Se tinha um produto extremamente valioso nas antigas civilizações era o sal, como na época do Império Romano. Para se ter uma noção, a palavra "salário" é originária da palavra "sal", pois muitos soldados de Roma eram pagos com esse ingrediente.

Com o passar do tempo, diversos estudos mostraram que o consumo excessivo desse mineral oferece riscos para a saúde.

Com isso, muitas pessoas buscaram implementar tipos diferentes desse composto, com o intuito de diminuir os malefícios e ajudar o funcionamento do organismo. Mas será que mudar o tipo de sal realmente faz diferença?

Ao trocar o sal de cozinha pelo sal rosa do Himalaia ou pela flor de sal, por exemplo, pesquisadoras do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) destacaram, em um artigo do portal, que esse comportamento não significa uma melhoria para a saúde.

Isso porque a diferença no teor de sódio entre o sal de cozinha e os outros tipos não é significativa. Com isso, independente do produto escolhido, o que realmente pode ser benéfico para o organismo é seguir o limite de consumo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Qual é a quantidade de sal a ser consumida, conforme a OMS?

Nesse caso, a recomendação é ingerir, no máximo, 5 gramas de sal por dia. Mas não é bem esse cenário que se apresenta. Conforme o portal das Nações Unidas no Brasil, grande parte das pessoas ao redor do mundo consome o dobro da quantidade orientada.

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“A maioria das pessoas não sabe quanto sódio consome ou os riscos que isso representa”, disse em nota Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, ao defender novos parâmetros sobre a ingestão desse mineral.

Quando esse hábito é excessivo, ele se torna um fator de risco para o surgimento de doenças do coração e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Conforme a instituição, esses problemas matam 3 milhões de pessoas a cada ano.

"Precisamos que os países estabeleçam políticas para reduzir a ingestão de sal e forneçam às pessoas as informações de que precisam, para fazer as escolhas alimentares certas. Também precisamos que a indústria de alimentos e bebidas reduza os níveis de sódio nos alimentos processados", destacou Tedros.

Quais são os diferentes tipos de sal?

O mercado brasileiro está repleto de diferentes opções de sais. No artigo do portal FoRC, os tipos elencados e as suas respectivas taxas de sódio são os seguintes:

  • Sal refinado: 400 mg de sódio;
  • Sal grosso: 400 mg de sódio;
  • Sal líquido: não possui aditivos adicionados;
  • Sal light: cada 1 g do sal contém, aproximadamente, 234 mg de sódio;
  • Sal marinho: cada 1 g do sal contém, aproximadamente, 385 mg de sódio;
  • Sal rosa do Himalaia: cada 1 g do sal contém, aproximadamente, 368 mg de sódio;
  • Flor de sal: cada 1 g do sal contém, aproximadamente, 379 mg de sódio;
  • Sal negro indiano (KalaNamak): cada 1 g do sal contém, aproximadamente, 366 mg de sódio;
  • Sal negro havaiano: cada 1 g do sal contém, aproximadamente, 366 mg de sódio;
  • Sal havaiano (Alaeasalt): cada 1 g do sal contém, aproximadamente, 309 mg de sódio;
  • Sal de Maldon: cada 1 g do sal contém, aproximadamente, 383 mg de sódio.

Antes de escolher um tipo específico de sal, consulte um nutricionista que orientará a maneira correta do consumo, conforme as individualidades de cada paciente.

Por Jennifer de Carvalho

Atualizado em 8 Out 2024.