Saúde e Bem-Estar
Por Gabrielly Bento

Nova descoberta científica pode mostrar o segredo para evitar rugas na pele

A descoberta também promete tratamentos inovadores para queimaduras, envelhecimento e doenças de pele.

Pesquisadores abrem caminho para tratamentos que retardam rugas e regeneram tecidos (Foto: Rungkh/Shutterstock)

Pesquisadores de uma instituição científica renomada revelaram uma descoberta que pode revolucionar o tratamento do envelhecimento da pele.

A equipe conseguiu recriar pequenas quantidades de pele humana a partir de células-tronco em laboratório, abrindo caminho para o desenvolvimento de métodos que retardam o surgimento de rugas e outros sinais de envelhecimento.

Conforme afirma o G1, o estudo faz parte de um projeto internacional conhecido como Atlas das Células Humanas, coordenado pelo Instituto Wellcome Sanger, em Cambridge, Reino Unido. O objetivo desse programa de pesquisa é entender detalhadamente como cada parte do corpo humano é formada, célula por célula.

Segundo os pesquisadores, além de atuar contra o envelhecimento, a descoberta pode ser aplicada na produção de pele artificial para transplantes, ajudando a evitar cicatrizes em pacientes com lesões graves.

A cientista Muzlifah Haniffa, uma das líderes do estudo, acredita que os avanços obtidos também vão aprimorar tratamentos de diversas doenças e possibilitar formas mais eficazes de manter a saúde e a juventude da pele.

"Se pudermos manipular a pele e evitar o envelhecimento, teremos menos rugas", afirma Haniffa."Se conseguirmos entender como as células mudam desde seu desenvolvimento inicial até o envelhecimento na idade adulta, podemos então tentar dizer: 'Como posso rejuvenescer os órgãos, deixar o coração mais jovem, tornar a pele mais jovem?'".

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Ainda de acordo com o G1, embora o uso dessas técnicas ainda esteja em fase de desenvolvimento, os pesquisadores já alcançaram progressos significativos na compreensão do processo de formação da pele durante o início da vida fetal. Um dos avanços foi a identificação dos genes que se ativaram em diferentes momentos e locais do corpo para formar a pele, o maior órgão humano.

As descobertas, publicadas na revista científica Nature, também indicam que as células imunológicas desempenham um papel crucial na formação de vasos sanguíneos na pele. Em laboratório, os cientistas conseguem reproduzir essas instruções, fazendo com que a pele cresça artificialmente a partir de células-tronco.

Embora a produção de pele artificial ainda esteja em projetos iniciais, com pequenos folículos capilares já visíveis, os pesquisadores acreditam que o aprimoramento dessa técnica pode levar à criação de exercícios de pele mais eficazes e até à regeneração de cabelos em pessoas calvas.

Além do potencial para tratar queimaduras e outras condições dermatológicas, a pele criada em laboratório também pode ser utilizada para estudar doenças hereditárias e testar novos tratamentos, abrindo novas possibilidades no campo da medicina regenerativa.

Com o avanço do projeto Atlas das Células Humanas, que já mapeou milhões de células de órgãos como cérebro, visão, borda e coração, o futuro da ciência promete uma compreensão cada vez mais detalhada de como nossos corpos são formados e funcionam.

Para a professora Sarah Teichmann, uma das fundadoras do consórcio, essas novas descobertas têm o potencial de reescrever os livros de medicina e transformar a forma como entendemos o corpo humano.

À medida que as pesquisas avançam, e em breve serão divulgadas novas informações sobre o desenvolvimento da pele e de outras partes do corpo humano, à medida que o atlas completo das células humanas se aproximar da conclusão.

Por Gabrielly Bento

Atualizado em 21 Out 2024.